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Cidadania

ABAAABh6QAE-71Na Grécia Antiga eram considerados cidadãos todos os homens gregos livres que moravam na cidade e que participavam daqueas decisões que davam os rumos da sociedade. Veja que eu disse “homens gregos livres”, o que excluía as mulheres, os estrangeiros e os escravos. Além disso, também não eram considerados cidadãos as crianças, os velhos, os comerciantes e os artesãos.

A despeito de toda esta discriminação, que aos nossos olhos hoje são inconcebíveis, esta forma de pensar o direito e a forma de participação na sociedade era um avanço imenso para uma época quando nas demais nações o poder se concentrava nas mãos de um chefe único, que mandava e desmandava ouvindo, no máximo, algum ou outro conselheiro mais próximo.

Naquele tempo, os cidadãos gregos tinham direitos iguais e definiam quais caminhos a civilização deles deveria tomar e as formas de comportamento que todo o restante da população devia seguir enquanto trilhava esse caminho. Era o que eles chamavam “democracia”.

A palavra e a evolução

Com base na história, podemos deduzir que a palavra “cidadão”, naquele tempo, definia o sujeito da cidade. “Cidadania”, portanto, definia os direitos e o comportamento daqueles cidadãos.

Com o tempo, esse conceito evoluiu para a forma como entendemos a cidadania e os cidadãos de hoje, por definição, são aquelas pessoas que fazem parte de um determinado Estado, onde usufruem dos direitos civis e políticos garantidos em uma constituição e onde também desempenham os deveres que também lhe são atribuídos.

Em países como o Brasil, que se constituem como democracias, o princípio da cidadania se apresenta como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, como apregoa a Constituição brasileira de 1988, em seu Artigo 1º.

O exercício da cidadania

Pensar no exercício da cidadania sempre nos remete aos grandes momentos cívicos, como os que acontecem durante as eleições ou quando o povo vai às ruas reclamar algum direito. De fato, esta são formas primordiais que temos para exercer o papel de cidadão. Porém, existem outros meios mais simples e cotidianos que são bastante significativos.

Por exemplo, quando alguém respeita os assentos reservado aos idosos, gestantes e portadores de necessidades especiais no transporte público, está em pleno exercício da cidadania. Usar um coletor, evitando jogar um simples papel de bala na rua, também é uma forma de exercer a cidadania. Fazer a seleção de resíduos recicláveis em casa, economizar energia elétrica e água, tratar o outro com gentileza, agir com honestidade em todas as questões, por menores que sejam, são formas simples de exercício da cidadania.

Afinal, exercer a cidadania na plenitude significa manter uma atenção contínua sobre o bem estar da sociedade e das pessoas que nos cercam. Esta atenção, é claro, não se traduz apenas em nossa forma de nos relacionarmos com o outro, mas também na maneira como nos relacionamos com o meio onde estamos inseridos em um dado momento, que pode ser um cinema, a rua de uma cidade, um shopping ou uma floresta.

Isso permite dizer que a palavra chave que se relaciona com o exercício é o respeito. Respeito pelo outro, quem quer que seja esse outro, respeito pela coletividade e  respeito pelo meio ambiente.